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17.6.07

SONETO PARA HILDA HIST

agradecimento especial a minha irmã Paula

Me vi nas duas faces do poema
Ao me fazer leitor, me fiz espelho,
Ao me tomar o amor, me fiz vermelho,
Ao perceber que era também o tema.

Vesti o feminino da poeta
Ao meio, fiz-me aresta e vã essência,
E fui o masculino que projeta,
Cantei e ouvi o canto de carência.

Mas, sei, não será tudo que lhe tomo,
O amor estanque, a falta e o objeto.
Me valerei ainda de seu como,

Hastearei seu canto em tom diverso
Ao derramar-me à pauta ainda incerto:
Falseio, assim, a pose e o dom do verso.
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IMPORTANTE
a FLAP 2007 vem aí - eu vou!
de 29/06 (Casa das Rosas) a 01/07
no Espaço dos Satyros I (Pça. Roosevelt, nº 214)
*
FLAP 2007: CONTAMINAÇÕES
Vídeos: aqui
em breve no RJ...

20 comentários:

  1. Adorei, schön, cada verso deste soneto, ainda mais pra grande HH! Parabéns! Está redondinho, maravilhoso! Tu sempre consegues iluminar meus domingos... Beijocas estaladas!

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  2. Menino, Hilda é um ícone para mim, queridíssima. Lendo versos seus para ela é algo maravilhoso, dois grandes se encontram em minhas pupilas, Hilda e Leandro!
    Bravo!
    Beijo grande!

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  3. Uma flor para Hilda Hist?


    objetivando a falta, estancando o amor <<

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  4. Falseio tão verdadeiro
    Ou verdade de mentira
    Estanca o paradeiro
    que te arde ou que se tira

    E no canto de carência
    Supri e muito aquela ausência
    Que te veste de certeza
    O dom poeta... Que beleza!

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  5. por tentar camões imitar
    nesses versos decassílabos
    tia hilda o fez plantar
    girassol dionisíaco

    (sei lá, me empolguei com o poema acima, nunca fui bom nesse lance de forma fixa... mas fica o elogio)

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  6. O boa poesia convida novos versos para prosear...
    Assim-assim.




    :)

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  7. redondinho mesmo! belo soneto, belo!

    []´s

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  8. vim aqui e colhi uma rosa vermelha...

    belo!

    beijos

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  9. Ver-se em reverso e prosa é, realmente, desconcertante.
    Ela também o é.
    Tal seus grifos

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  10. lindo poema, enfim.

    "Ao me fazer leitor, me fiz espelho,
    Ao me tomar o amor, me fiz vermelho,"

    espelho, reflexos e reflexões.

    Au Revoir.

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  11. Hilda é um sopro ao vento... Gostei do seu versar para ela. A intensidade do sopro ao vento em dias de outono (por aqui é verão)... Mas a saudade sempre me trás o outono em uma folha ou outra.
    Bom fim de semana.

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  12. Belíssimo soneto
    e tudo mais q tens em seu blog
    apaixonei-me por aqui


    ótimo fim de semana!

    " O que me impressiona, à vista de um macaco, não é que ele tenha sido nosso passado: é este pressentimento de que ele venha a ser nosso futuro."
    (Mário Quintana)

    Bjos da -=Þëqµëñä Þö놡zä=- !!!

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  13. E aí, Leandro.
    Gostei do soneto, principalmente pela dúvida que ele instaura no último verso - "Falseio etc..".
    E o Lucas, aí em cima, inconfundível em seu estilo....
    abração!!!!

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  14. Aplausos para vc, moço! Perfeito soneto... belo o poetar... ainda mais por ter escolhido tal poeta para homenagear! Que orgulho conhecer alguém com tanto talento!!! beijos de fã!!!

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  15. de volta aqui, para saborear letras que me embriagam...
    adorei o soneto...

    abraço.

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  16. Estão belas e delicadas tuas linhas dedicadas à Hilda Hist, o vento feminino sopra, como percebe Lunna, os vestidos se fazem imagens de amorosidades, os sentidos se ruborizam à medida em que a letra se aquece... Deixo meu beijo.

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  17. Hilda é uma de minhas poetas preferidas. Tua homenagem está de acordo com a grandeza que ela tem.
    Quando li foi como se me ferisse "no gelo das espadas" e me banhasse "de vermelho".

    Belíssimo....belíssimo.

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  18. Encantada, meu caro, encantada. Sou mais das quinas, mas tua redondeza me encanta.

    Visitarei com frequência.

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  19. Belo soneto, Leandro. Homenagem mais que merecida a essa poeta maravilhosa.
    Fazia tempo que eu não lia um soneto.Desde os tempos em que eu me debruçava sobre os de Florbela Espanca, creio.
    beijos

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