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9.1.10

Mea culpa

para Lysia Leal

A metalinguagem
não é minha meta,
mas hoje é nesta
que as dores me agem.

Hoje, que eu digo,
são os tempos de hoje,
tempos de umbigo
em que ninguém ouve.

Eu, da loucura,
quando olho pra dentro:
oh literatura,
amor, meu tormento.

Oh meus leitores,
creiam - desculpa! -
trarei outras cores
na minha garupa,

um dia me livro
dessa obsessão
e não mais lhes privo
da humana canção.

13 comentários:

  1. Gostei do ritmo, amigopoeta. Abraço!

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  2. Originalíssimo, Leandro!

    "tempos de umbigo
    em que ninguém ouve."

    Adorei!

    Um beijo e feliz 2010,
    doce de lira

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  3. e nesse tempo presente, onde ninguém ouve, a metalinguagem parece um ponto de fuga, uma tentativa a mais para ser lido.. ouvido.

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  4. Deus nos livre, somos Poetas!

    beijo poetamigo

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  5. Parabéns pela poesia!!! Esplêndida!!!

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  6. Muito bom!

    bjoss

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  7. As palavras, as pragas, as asas, as sementes... As letras sempre funcionam, para o bem ou para o mal! Abraços alados e um ano fecundo e florido para ti, caro Leandro.

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  8. Letras e asas, loucura e literatura, cores, dores e canção: boa mistura para adubar um solo poético como este daqui! Beijo pintado.

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  9. eu digo que metalinguagem é sexo.
    puro sexo.

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  10. Outras cores na garupa, talvez, a cor dos devaneios, das reesperanças,
    da humanidade das canções.

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