13.11.07

Monólogo

Por que paras na minha frente pálida
e fria como quem só tem ouvidos,
e larga como quem impõe limites,
e densa como se intransponível?

A que presta esse jeito com que me encaras?
Que mensagem trazes que jaz não estampada?

Tua feminilidade fala-me de proteções,
as proporções é que me metem medo.
Teu jeito meio assim quadrado,
teu tempo de antepassado,
e a pose de exibir os mesmos quadros,
têm um arrepio qual as solidões
que me refletem soluções-espelho,
esperando-me lições dos desafios.

Se sacio, choro ou se sorrio a sede
Estás sempre a me julgar, parede.

12 comentários:

A czarina das quinquilharias disse...

esse já conheço e gosto de longa data
:*

Ana Cecília disse...

Belo poema!
Gosto desses cadernos (não segundos) que se espraiam por aqui.

Anônimo disse...

tem horas que elas sufocam, além de julgar.

beijo

Julia disse...

Oi Jardim! Que bom que passou pelo "Quati"... Vou te linkar por lá, posso?

Adorei esse poema, pena que nunca tinha esntrado aqui! Começarei a freqüentar, a carol me disse que vc escrevia bem, mas me surpreendi!

Beijos
Ju-quati...

Samantha Abreu disse...

adorei.
senti arrepios e não me pergunte porquê.

beijos

Vanessa Oliveira disse...

Eu não sei se ela te julga, mas, no mínimo, deveria carregar uma certa música em forma quadro. Aí já é um ponto mega a favor. Fala a verdade!rsrsrs

Bjokassssssss (é beijo com sotaque carioca!tô aprendendo! rs)

Anônimo disse...

Ai...eu adoro esse...

Quando comecei a ler já reconheci....


MUITO BOM...

Anônimo disse...

Puta que pariu! Vc é bom, moço...rs
Adorei.

medusa que costura insanidades disse...

Instransponível?
poema-limite!
Rita

Anônimo disse...

no melhor estilo paranóia poética.

Ramon de Alencar disse...

...
-É o eterno duelo entre Frequência e Intensidade...

enten katsudatsu disse...

Bons versos aqui meu brother.

Grande abraço.

Eflúvios positivos.

Cássio Amaral.