5.1.12

Altivos lábios nossos


pra Marina

Quando perguntei 'como
Vão os sorrisos dos seus
Altivos lábios meus?',

Não o fiz por curiosidade,
Saudade ou vã poesia,
O fiz pois descobri,

Há lábios que subvertem
A natureza horizontal
Dos sorrisos, os invertem

Traçando uma elegância
Altiva e vertical
Ou o fiz pois oferecem-se

A essa alheia propriedade
Minha, de quem quando os vê
Os sentidos renomeia:

São meus teus seus meus lábios
Todo altivo riso teu é meu
(E é teu tal seu meu nosso estado).


--
[Leandro Jardim]

3 comentários:

Rafaela Figueiredo disse...

acabei de receber um excelente de alguém que se diz "Poeta, letrista, escritor, cantor e outras coisas mais..." e o é, de fato [ao menos poeta-escritor]!
orgulhei-me da visita! =)
agradeço-a.
e voltarei sempre aqui: gostei!

abraço

Dauri Batisti disse...

Meu querido,

vou ouvindo sua "hora de seguir", e lendo sua poesia. A sensibilidade vai reinando aqui, como sempre.

Pois é, ando escrevedno sem versos. Deixei os versos sem deixar a poesia.

Escrevo uns contos, conto umas coisas da vida. Conto com uma dor pra contar. Conto com amor todavia.

Vida, afinal, a vida segue, segue-nos, vive-nos.

Obrigado pela ida ao ESSAPALAVRA.

Obrigado pela amizade. A poesia nos une, a palavra, a força dela.

Um abraço forte,
Dauri

lisa disse...

Lindo poema! Uma bela forma poética de questionar uma união.