28.1.07

SEDE

.
Eu tenho muita sede
(engraçado como não é fome, é sede).
Um, de gentes, por exemplo.
Outro, de poesia.
Mas é da poemagem de todas as coisas.
Sabe, eu profundo significâncias nas coisas
(Às vezes até demais).
Sempre cedo aos conhecimentos do mundo que me excede,
que me excedem.
Tenho sede até de mim, de tudo.
E fico tentando me engolir como a um suco.

Mas sempre de volta um seco,
tem sempre no fim um eco,
de gosto límpido, lírico e líquido
que ainda não provei
mas me saliva a língua.
E (como, não sei) deixa a garganta em aridez.
E a minha sede assim:
ambígua.
.
.

24 comentários:

Anônimo disse...

Eu também tenho tanta sede às vezes...

E fico aqui, sedento de um pouco de tudo

Elenita Rodrigues disse...

Ontem teve você no meu blog =)
Um beijo.

Sandra Regina disse...

MARAVILHOSO!!! Vc deve saber bem por quê!!..rs.. amei tudo desse poema!! Molhou minha inspiração quase vazia... meus beijos

Anônimo disse...

e quanto mais se engole o seco mais ferida a garganta de sede insaciável de goles de gente e poema...ainda bem.
beijosssssssssss

Anônimo disse...

TENHO MTA SEDE TB... E ÀS VEZES, NEM EU SEI DO QUE É..

BEIJO

Anônimo disse...

Como um furacão que tenta engolir tudo,mas só depois descobre que é impossivel matar essa sede que não tem nome...
Beijos

mg6es disse...

uma sede que deixa um oco, prenúncio de um soco.


bom Jardim!

[]´s

Anônimo disse...

E aí Jardim... A sede de sua poesia já está saciada. Seus livros chegaram aqui e já estão treslidos. Obrigado pela poesia. AbraçoDasMinas.

Anônimo disse...

eu acho que tem alguém precisando de cerveja
(qndo tiver sede, pegue tudo que veja...e ponha seu SER na frente!!! :P)
:*

Anônimo disse...

Para o bem de todos que gostam de te ler espero que continue com cada vez mais sede.
Depois comento com mais calma os livros.
É mto bom te rever, viu?
Bjos

Anônimo disse...

Fala, meu jardineiro favorito! Então, posso fazer uma criticazinha, se me permitir?
Eu acho que a temática é muito boa, mas precisa ser melhor trabalhada. Está "na moda" escrever poemas com jeitão de prosa, mas particularmente não acho uma boa saída.

Continue que está cada dia melhor.
Besitos meus!

Anônimo disse...

, esta frase é por demais interessante: "eu profundo significâncias nas coisas"...
|abraços meus|

Anônimo disse...

Sorver gentes e poesia em goles grandes, como se fossem os últimos....minha sede aplaco assim...

Beijos....
(Da janela, aguardo o pombo dobrar a esquina azul e trazer vc....recebeu?...)
Mais beijos...

Anônimo disse...

Continue assim, jardim.
quando seco, regue.
quando encharcado, despege.

Anônimo disse...

Entre essas flores, pragas e sementes caí já não sei como. O que sei é que adorei a maneira como vc define sua poesia. Liberdade condicional.

Anônimo disse...

Também é intensa minha relação com a sede. Por isso moro na beira de um rio. Nesses tempos de chuva bebi água por demais, mas não mata a sede poética. Daí bom ler Jardim, aqui. Riodaqui leva abraço. Paulo Vigu

Anônimo disse...

E aí, Leandro! Cara, essa sede, de tudo e de todas as coisas, é fundamental! Sempre há um oásis para quem busca o conhecimento, a poesia - mas além de pouca a água existe o perigo dos arredores e a necessidade de continuar, sempre e sempre com mais sede. Gostei do poema que trata muito bem desse valor! Meu camarada, será que já saiu a Folha Dirigida com a nossa matéria? Eles ficaram de enviar, mas até agora nada! Tem alguma notícia? Abraços e parabéns pelo verso!

Anônimo disse...

Sua poesia pra me mostrar.

Beijo enorme.

Anônimo disse...

nos falta muito, primo. e isso dói.

Anônimo disse...

Que a sede nunca acabe porque ela te eleva e te faz cada vez maior nessa busca constante...Mas que a fonte nunca seque.
Amo você!
Todos os beijos!

Ariane disse...

...tenho a sede desesperada de quem está imersa em cristalinas águas mas não sabe como beber, absorver, dissolver-se...

beijos ensolarados!

Anônimo disse...

Belo trabalho, Jardim!!!
Abraço,
Albini

Carol M. disse...

Esse transbordou sentimento! Gosto disso. E muito.

Ainda não consegui linkar ninguém, droga! Sou muito loira pra esses htmls da vida mesmo.

Sementinhas todas, Lê!

Remo Saraiva disse...

A invenção de `poemagem´ e o uso de `profundo´ como verbo já valem todo poema!


Abraço, amigo jardineiro!!!

REMO.