O farfalhar do ego em dúvida constrange
o estômago - chamado alma ou coração.
E o sentimento, carvão corado, se abrange
e nos fazemos, vemos, lemos emoção.
São esses lemes entre o somos e o queremos,
suaves sopros em velas ou frágeis flâmulas,
que luzem fardo e vias sobre o que não temos,
onde as auroras frias e as noites sonâmbulas.
Assim, fora toda metáfora, que nata
desfaz a natureza em sua destragédia,
o mais é um certo tipo de nada repleto.
E nós um certo tipo repleto de nada,
mistificando agoras e enciclopédias
sobre o que foi. Sobra o que sou de indireto.
16 comentários:
Ae Leandro,
Tu és bom também no soneto, heim rapaz!
"Nada repleto...
repleto de nada...
sobra o que eu sou de indireto..."
Gostei!
Abraço
Gosto da metalinguagem e do diálogo de confronto entre a modernidade jocosa do título com a trabalhada no poema. Um texto mesmo de minúcias e sutilezas.
Grande poeta essa Jardim!!
Abs,
REMO.
Objeto indireto.
Beijo
"Oncotô? (Erika)"
Que coisa mais boa! Adoro!
Estou de volta lá no blog.
Ual!!!!!
Isso sim é poesia!!!!!!
hahahahahaahah
"Mistificando agoras e enciclopédias sobre o que foi". Que lindo, Leandro!
O que vc escreve é muito sagaz, e com certeza, sempre vale a pena ler.
Beijos doces cristalizados, e um ótimo fim de semana!!! :o*
não é pra qualquer um, que um poema assim nasce.
Fiquei aqui que nem boba tentando escolher uma frase que tenha me tocado,que tenha pulado da tela, mas elas saltitavam tanto , que fiquei tonta.
Bjo
Uau....uma beleza ímpar!....prum dia em que eu meio tristinha, passo por aqui...
Mas poesia é sempre bom. A sua, então, melhora qualquer dia...
bjs
"E nós um certo tipo repleto de nada"
Tenho pensado muito nisso. Belo alexandrino. Voltarei mais.
=)
uau, que poema! adorei e me deliciei com cada palavra
realmente muito bom!
abraços!
Vim vindo de outros blogues. Vim visitar o que esperava ver. Boas escritas em forma de só sentimento.
Vou virar freguÊs deste espaço.
Abçs,
Texto de hoje: AmiZadE...
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O AveSSo dA ViDa - um blog onde os relatos são fictícios e, por vezes, bem reais...
Ei Leandro,
viajei nos seus versos, e, acho que encontro entre o nada e o tudo, um ser que está sempre em busca.
Apesar de ser
nada
indireto
consegue ser
sempre
repleto.
Um abraço
Jacinta
PS: Adorei seu comentário no meu florescer
tudo é tão efêmero!
Bom d+!
Uau, Jardinzin, amei...eu, que te leio já há tempo, tenho a impressão de que vc melhora mais e mais...até o infinito?... ;)
Beijos...
gostei muito desse
abraço!
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