9.1.10

Mea culpa

para Lysia Leal

A metalinguagem
não é minha meta,
mas hoje é nesta
que as dores me agem.

Hoje, que eu digo,
são os tempos de hoje,
tempos de umbigo
em que ninguém ouve.

Eu, da loucura,
quando olho pra dentro:
oh literatura,
amor, meu tormento.

Oh meus leitores,
creiam - desculpa! -
trarei outras cores
na minha garupa,

um dia me livro
dessa obsessão
e não mais lhes privo
da humana canção.

13 comentários:

Thiago Cascabulho disse...

Gostei do ritmo, amigopoeta. Abraço!

diogo cadaval disse...

bela!

Renata de Aragão Lopes disse...

Originalíssimo, Leandro!

"tempos de umbigo
em que ninguém ouve."

Adorei!

Um beijo e feliz 2010,
doce de lira

.parambolicalalande. disse...

e nesse tempo presente, onde ninguém ouve, a metalinguagem parece um ponto de fuga, uma tentativa a mais para ser lido.. ouvido.

Na Mira da Rima disse...

Deus nos livre, somos Poetas!

beijo poetamigo

J.F. de Souza disse...

Dessa vez passa. =P

ALBATROZ disse...

Parabéns pela poesia!!! Esplêndida!!!

Anônimo disse...

Muito bom!

bjoss

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

As palavras, as pragas, as asas, as sementes... As letras sempre funcionam, para o bem ou para o mal! Abraços alados e um ano fecundo e florido para ti, caro Leandro.

ANALUKAMINSKI PINTURAS disse...

Letras e asas, loucura e literatura, cores, dores e canção: boa mistura para adubar um solo poético como este daqui! Beijo pintado.

Thalita Castello Branco Fontenele disse...

Ce sabe das coisas.

Samantha Abreu disse...

eu digo que metalinguagem é sexo.
puro sexo.

Unknown disse...

Outras cores na garupa, talvez, a cor dos devaneios, das reesperanças,
da humanidade das canções.