I.
Encha-me de palavras,
que só falarei quando transbordar.
II.
De agora, sim,
só me entorpecerei de sentimentos,
evacoarei palavras,
e secarei por fora e dentro.
Me ofereço às favas.
III.
Qualquer palavra que esteja saindo
que leve essa sensação consigo.
Não tema qualquer perigo
e cumpra o papel, amiga,
de documento do que há em vida
e prova de que há saída.
2 comentários:
Sua poesia é bonita, simples. Provoca uma reação estranha em mim. Uma vontade de doar todas as palavras que conheço só para poder ler outro poema assim.
a recíproca é verdadeiríssima!
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